terça-feira, 23 de julho de 2013

Faltam analistas de TI na gestão pública brasileira

Em carta publicada no seu portal, a ANATI - Associação Nacional de Analistas de TI - denuncia que o Estado brasileiro - remando contra todas as ondas e a necessidade de uso de TIC nas políticas públicas - "continua sistematicamente abrindo mão de profissionais altamente capacitados e competentes na área de Tecnologia da Informação. Atingiu-se neste mês (junho) a marca de 24% de evasão e uma desistência total de 41% dos nomeados para o cargo".

Vale observar que os analistas em Tecnologia da Informação são servidores públicos federais do quadro efetivo de nível superior do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Suas atribuições são voltadas às atividades de planejamento, supervisão, coordenação e controle dos recursos de Tecnologia da Informação relativos ao funcionamento da Administração Pública Federal. O cargo integra o Plano Geral de Cargos do Poder Executivo - o PGPE, regido pela Lei Federal nº 11.357/2006 , as atribuições dos Analistas estão descritas no Artigo 1º, Parágrafo Único, Inciso "IV".

Os Analistas estão lotados na Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação - SLTI/MP e tem exercício descentralizado dentro das áreas de TI dos órgãos e entidade que compõem o Sistema de Administração de Recursos de Tecnologia da Informação do Governo Federal - SISP. De acordo ainda com a ANATI, os servidores do Cargo de Analistas em Tecnologia da Informação – ATI, seguindo a tendência apontada desde as primeiras nomeações, buscam oportunidades mais promissoras – carreiras com políticas remuneratórias coerentes com as suas capacidades – em outros concursos da Administração Pública Federal, Empresas Públicas e, até mesmo, na iniciativa privada.

"Estamos, há algum tempo, alertando o Governo Federal sobre a grave situação do cargo de Analista em Tecnologia da Informação e isso não apenas por considerar que sua estrutura é deficitária e seu vencimento está abaixo do nível de responsabilidades da função. A ANATI considera que a área de TI é por demais estratégica para receber do Estado o tratamento ora dispensado, não é mais possível admitir que a Administração Pública Federal brasileira possa evoluir sem a criação de uma carreira de TI", completa a carta publicada no portal da entidade.

O governo até está tentando contratar analistas em TI - passou de 74 para 200 as vagas abertas no concurso que será realizado pelo Ministério do Planejamento. As provas estão agendadas para o dia 28 de julho. A relação dos aprovados deverá ser conhecida até o final de agosto. Segundo a Secretaria de Logística e TI, o cargo de ATI é de nível superior e integra o Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE). Suas principais atribuições envolvem atividades de planejamento, supervisão, coordenação e controle dos recursos de tecnologia da informação relativos ao funcionamento da Administração Pública Federal. As vagas são para o quadro de pessoal do ministério em Brasília. A remuneração inicial é de R$ 7.340,62, podendo chegar a R$ 7.838,22 após o primeiro ciclo de avaliação.

A falta de talentos na área de TI não é exclusividade do governo federal. Ela existe em todas as áreas - de acordo com dados da IDC existe atualmente no Brasil uma carência de cerca de 39,9 mil profissionais de tecnologia. Até 2015, esse número deve crescer para 117 mil vagas abertas sem que os empregadores encontrem profissionais qualificados para atendê-las - mas a ANATI sustenta que o governo erra em não criar políticas para a retenção dos profissionais de TI já concursados, que acabam seduzidos por propostas melhores fora do serviço público.
*Com informações da ANATI e da SLTI
Fonte: Convergência Digital

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