O compartilhamento de infraestrutura de rede 4G entre a Vivo e a Claro já tem a autorização da Anatel, mas passa, agora, por uma fase de planejamento entre as divisões de engenharia das teles, revelou o diretor geral da Telefônica Brasil, Paulo Cesar Teixeira, durante teleconferência de resultados do segundo trimestre, realizada nesta quarta-feira, 24/07.
"Neste momento, as áreas de engenharia estão planejando como será o compartilhamento, especialmente, na questão do uso do backhaul. Não adianta compartilhar se não for para trazer benefícios para as duas operadoras", explicou Teixeira, que não quis adiantar um prazo para o começo das operações conjuntas. No ranking da Anatel, apesar do acerto firmado para o compartilhamento, Vivo e Claro disputam os assinantes do serviço, que somou 174 mil acessos ativos, em junho. A Vivo lidera com 85 mil acessos. Oi e TIM já compartilham infraestrutura 4G e fecharam acordo também para o 3G.
Indagado também sobre o ritmo de migração do 2G para o 3G, Teixeira diz que ela segue o ritmo desejado e assume que, neste trimestre, os subsídios para smartphones já chegam a 80% da base. No trimestre passado, ficavam em 50%. "Os smartphones crescem consideravelmente na base da Vivo. Com isso há um incremento do consumo de dados, e da própria voz", disse o executivo. O bom início do 4G também anima. "Há uma boa procura pelos terminais 4G na nossa base e, hoje, ainda há uma oferta baixa de terminais (em torno de 10). Até o final do ano, vamos chegar a 18 aparelhos para a escolha".
Com relação às antenas, Teixeira deixou claro que o período de vendas de ativos se esgotou. A empresa vendeu 1590 antenas, arrecadando R$ 250 milhões. "Nos desfizemos dos ativos que podíamos nos desfazer e fizemos um bom negócio. Não vislumbro mais espaço para esse tipo de negociação daqui pra frente", completou o diretor geral da Telefônica Brasil.
Fonte: Convergência Digital
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