Uma nova ameaça online modifica boletos
bancários e faz com que o dinheiro seja creditado em uma conta que não a
pretendida pelo usuário. O
vírus, identificado pelo site especializado em segurança Linha Defensiva,
altera os números da linha digitável e corrompe o código de barras - o que
impede o seu uso.
Tanto o valor quanto o vencimento permanecem intactos, bem como o logotipo do banco - o que impede que a vítima descubra a fraude facilmente. Um dado curioso é que o número do banco é modificado.
Tanto o valor quanto o vencimento permanecem intactos, bem como o logotipo do banco - o que impede que a vítima descubra a fraude facilmente. Um dado curioso é que o número do banco é modificado.
Em
teste realizado pelo site, o logotipo do boleto pertencia ao Bradesco, mas o
número do banco era do Santander - e o mesmo aconteceu com boletos gerados a
partir de outros bancos, como Itaú, Caixa Econômica e Banco do Brasil. Mas,
segundo o site, "é possível que esse mesmo vírus utilize contas de outros
bancos, conforme a necessidade ou interesse dos golpistas", ou seja, mesmo
que apenas o número do Santander tenha aparecido nos testes, pode ser que,
em outros golpes, o banco de destino seja outro.
A
ameaça pode atingir tanto usuários que utilizam internet banking, quanto
aqueles que costumam imprimir o boleto (segunda via, por exemplo). Isso
porque a alteração acontece em tempo-real, assim que o vírus identifica quando
o usuário abre o documento no browser - que pode ser proveniente de qualquer
site. Basta ter um código de barras e a palavra "boleto" na página e
pronto, é o necessário para a modificação ser realizada.
De acordo com o Linha Defensiva, o vírus envia os dados do boleto para um servidor de comando e controle, que devolve novos dados para que a alteração possa ser feita - o que acarreta em um maior tempo de carregamento da página.
O vírus
A primeira coisa que o vírus faz ao entrar no sistema é buscar softwares de segurança de bancos e os remove da máquina, depois ele desabilita o firewall no Windows e se autocópia para que inicie junto com o sistema. "A praga também possui funções que demonstram a tentativa de evitar a análise do código e não entra em operação imediatamente após ser executada, o que pode burlar alguns sistemas automáticos de análise de comportamento", diz o site.
Como se não fosse o suficiente alterar os boletos, o código malicioso possui recursos para coletar senhas do Facebook e Hotmail - que possivelmente serão usados para espalhar o vírus no futuro, segundo o Linha Defensiva.
O servidor de comando e controle também armazena dados sobre a máquina, como nome, endereço IP e localização geográfica.
Como detectar
Segundo o site, as linhas digitáveis dos boletos serão sempre parecidas, o código de barras apresentará um pedaço em branco para que possa ser invalidado e o logotipo não condiz com o número do banco.
Mas vale ressaltar que, por ser novo, o vírus pode ainda adquirir implementações que corrijam essas limitações. "Uma versão avançada desse vírus poderia resolver todos esses problemas. Ou seja, o vírus ainda não adquiriu sofisticação plena, mas novas versões do programa podem aperfeiçoá-lo, assim, o ataque seria bastante difícil de ser detectado", diz o site.
O código
malicioso está em circulação há três meses.
Após esta notícia, a Servimed enviou um comunicado a seus clientes com o objetivo de alertá-los sobre os cuidados e procedimentos que devem tomados para que não sejam surpreendidos.
Após esta notícia, a Servimed enviou um comunicado a seus clientes com o objetivo de alertá-los sobre os cuidados e procedimentos que devem tomados para que não sejam surpreendidos.
Fonte:
Linha Defensiva
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