terça-feira, 9 de julho de 2013

Brasil tem mais lan houses que provedores de Internet

A disseminação de acessos individuais à Internet vem reduzindo a proporção dos brasileiros que se conectam à rede pelas lan houses, mas a importância desses centros de acesso pago continua grande: eles ainda são mais comuns nos municípios do país do que os provedores de acesso. 
Como demonstra o Perfil dos Municípios 2012, divulgado pelo IBGE nesta quarta-feira, 3/7, enquanto os provedores de Internet são encontrados em 3.192 dos 5.565 municípios brasileiros (57%), as lan houses estão em 4.491 (80%) deles. Segundo a Anatel, há 3.818 empresas autorizadas a prestar Serviço de Comunicação Multimídia. 
De acordo com a mais recente pesquisa TIC Domicílios, do NIC.br, realizada entre outubro do ano passado e fevereiro deste ano, os brasileiros que dependem das lan houses para conseguir acesso à Internet ainda representam 19% dos internautas. 
Um ano antes, o percentual era de 27% - ou ainda 48% em 2008, quando as lans eram o principal meio de acesso à rede no país. Mas como explica a gerente da pesquisa Munic, Vânia Pacheco, do IBGE, o instituto não sabe se há menos estabelecimentos pagos de acesso à Internet, porque foi a primeira vez que essa questão foi incluída nesse levantamento. 
Além dos acessos pessoais, a pesquisa indica que o poder público municipal também está mais próximo da Internet. Há mais computadores nas administrações e 95% (5.289) dos municípios disponibilizam alguma forma de atendimento à distância, principalmente pela rede (88,7%). 
Também se constatou que 74,5% dos municípios possuem página na Internet. “A gente percebe uma informatização maior das prefeituras, com sites e um movimento para que as páginas se tornem mais interativas, onde se consegue pela Internet realizar transações como expedir um alvará provisório, marcar consulta, matrícula em escola”, explica Vânia Pacheco. 
Mostra a pesquisa que 60% dos municípios do país contam com página na Internet, bem acima dos 48% medidos em 2006. O maior percentual é no Sul (80,2%) e o menor no Nordeste (34,9%). As cidades com menos de 10 mil habitantes são as que menos contam com esse recurso, mas ainda assim metade delas já tem sites. Já naqueles com mais de 500 mil habitantes, todas possuem página na rede. 

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