terça-feira, 30 de julho de 2013

Banda larga: 73,1% dos usuários querem trocar de provedor


Uma pesquisa recém-finalizada no país mostra que, em geral, ainda há grandes problemas com a qualidade dos serviços Internet banda larga no Brasil, o que se reflete em frustração dos consumidores. Tanto é assim que 73,1% querem trocar de provedor. Operdora que ganha destaque é a GVT, revela estudo da CVA Solutions. “Os problemas de infraestrutura das operadoras que inviabilizam a entrega de um serviço de alta qualidade aos usuários, que já havíamos identificado na pesquisa do ano anterior, pioraram, levando esses serviços a terem uma baixa avaliação”, aponta Sandro Cimatti.

No estudo da CVA Solutions sobre a Internet Banda Larga Fixa foram ouvidas em maio 5.464 pessoas que citaram Claro, CTBC, Embratel, GVT, Net (Virtua), OI, Telefonica (Speedy / Ajato), TIM e Vivo. “A avaliação de todas as operadoras piorou em relação à pesquisa do ano passado, o que mostra que a qualidade do serviço ainda deixa a desejar”, ressalta Sandro Cimatti. A operadora melhor posicionada em Valor Percebido é a GVT, com a Net em segundo lugar e a Claro na terceira posição.

“A GVT continua em primeiro lugar, mas a Net melhorou de forma significativa em relação ao ano passado e acabou melhorando a percepção que os usuários têm”, diz o sócio diretor da CVA Solutions. O estudo revela que a operadora que oferece maiores velocidades de banda larga sai na frente. Das pessoas que participaram da pesquisa, apenas 15,1% utilizam uma banda superior a 10 mega. No caso dos clientes da GVT a fatia desse grupo é de 50,8%. A Net detém 12,1% dos seus usuários de internet banda larga acima de 10 mega.

A média de gasto com Internet Banda Larga dos respondentes da pesquisa é R$ 124,00; a operadora que tem a média de preços mais elevada é a GVT R$ 145,00.O levantamento mostra que o descontentamento do consumidor é claro. O setor de Internet banda larga aparece no penúltimo lugar entre 38 pesquisados em todo o País, com nota de 5,94 (em uma escala de 1 a 10), à frente apenas das operadoras de telefonia celular. Os setores líderes compreendem produtos da linha branca, micro-ondas (8,87), refrigeradores (8,67), lavadoras de roupa (8,62), fogões (8,51).

O melhor Valor Percebido (custo-benefício percebido pelos clientes) para Internet Banda Larga Fixa é da GVT (1,15), em seguida está a Net (1,03) e em terceiro a Claro (1,00). O Valor Percebido da Net aumentou significativamente em relação ao ano anterior, quando era de 1,00. Mas os provedores precisam rever suas estratégias.

Isso porque 73,1% dos pesquisados desejam mudar de marca de Internet Banda Larga. Número superior ao do ano anterior, quando 71,2% tinham a intenção de mudar. O melhor índice de Recompra pertence à GVT (45,4%), seguido pela Net (30,3%) e em terceiro a Claro (25,6%). Os três principais motivos para a escolha de uma operadora são: oferta de velocidade mais alta, preço das tarifas e qualidade da conexão sem interrupções.

Em seu segundo ano de realização, o estudo da CVA tem por objetivo entender a estrutura de Valor Percebido (custo-benefício percebido) no mercado, a partir do ponto de vista do consumidor. Além de medir a posição competitiva das principais empresas e diagnosticar possibilidades de criação de vantagem competitiva sustentável.
Segundo dados da Telebrasil, o Brasil fechou o segundo trimestre de 2013 com 106,3 milhões de acessos em banda larga. Em 12 meses, de acordo com o estudo, foram ativados 28,5 milhões de novos acessos, a um ritmo de uma nova conexão por segundo. A evolução mais significativa em número de acessos nesse período se deu no segmento móvel da banda larga, com 45% de crescimento em relação a junho de 2012. A internet rápida pela rede móvel alcançou um total 85 milhões de acessos em junho.
Na banda larga móvel, 70,2 milhões são de conexões de celulares 3G, incluindo os smartphones, e 14,8 milhões são terminais de dados, entre eles modems de acesso à internet e chips de conexão máquina-máquina (M2M). Na banda larga fixa, por sua vez, os acessos somaram 21,3 milhões em junho. Desse total, 2,2 milhões de conexões foram ativadas nos últimos doze meses, com crescimento de 12% no período.
*Com informações da CVA Solutions e da Telebrasil

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